Foi no início do mês que a presidente Dilma voltou a anunciar com toda pompa mais uma etapa das ações de saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 para municípios com até 50 mil habitantes. Investimentos em mais de R$ 2,8 bilhões.
O problema é que a presidente anuncia e anuncia recursos, mas na realidade boa parte das obras, dos PAC 1 e 2, ou não foram nem iniciadas ou não foram concluídas, estão paradas. São centenas de canteiros de obras espalhados pelo país. Mas, dos 219 empreendimentos aprovados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2, 47 foram concluídos, 43 estão dentro do cronograma do governo, e outros 119 (54,3%) estão em situação inadequada — atrasadas, paralisadas, em fase de contratação ou até mesmo não iniciadas.
Os dados são do monitoramento “De Olho no PAC”, feito pelo Instituto Trata Brasil, que analisa somente as obras de saneamento realizadas em cidades com mais de 500 mil habitantes. Desde 2009 o instituto monitora as obras de esgotos pelo país e, neste último balanço, passou a verificar as obras de água.
Para o presidente do Trata Brasil, Édison Carlos, os atrasos no PAC são comuns, mas, no caso de saneamento, o efeito é mais grave por apontar demandas antigas da população.
"Estamos tratando de um problema que necessita solução desde o século XIX. Estamos falando de esgoto, água potável, tratável e retornável. É por isso que frisamos que essas obras, dentro dos governos federal, estaduais e municipais, deveriam ter um foco maior.
As razões dos atrasos e paralisações em cada programa são diferentes. Para o especialista, enquanto o PAC 1 enfrentou atrasos pela má qualidade dos projetos apresentados, o PAC 2 enfrenta a burocracia dos recursos chegarem às obras.
As informações foram divulgadas pelo O Globo. http://glo.bo/1oxbIAg
Nenhum comentário:
Postar um comentário