Sigla comete em Santa Catarina os mesmos erros na pré-campanha do que os adversários de Dilma Rousseff à Presidência
Natural seria, neste momento, de pré-campanha, que o PT catarinense valorizasse os investimentos em grandes obras que o governo federal, há quase 12 anos comandado pela sigla, tem desenvolvido em Santa Catarina. Mas a estratégia dos primeiros programetes do partido cumpriu o mais do mesmo na liturgia da oposição: bateu na administração de Raimundo Colombo, a quem qualifica de governo fraco, e expôs uma série de problemas na saúde e na segurança pública, por exemplo, e esqueceu do apoio da presidente Dilma Rousseff ao Estado.
Interessante é verificar se este tipo de ação, muito semelhante a adotada pelos adversários de Dilma, funciona de fato. A história recente mostra que não.
Reclamar à exaustão não tem se revelado um bom marketing. Aprender com os erros de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) e dos demais opositores que os antecederam vale mais hoje para os petistas catarinenses do que o velho discurso do ataque. E há um desconfortável desfecho na pré-campanha do partido: atirar em Colombo, que apoia Dilma, é irritar o eleitor dele que precisa ser convencido a votar na reeleição da presidente.
O PT estadual não deve abrir mão de criticar o que identificada como erro no governo PSD-PMDB, porém estará na linha tênue de atirar e um coelho e poder acertar dois. Afinal, os peemedebistas também podem se sentir ofendidos, para dizer o mínimo, ao serem considerados ineficazes na gestão.
Logo eles que, na retórica, dizem votar no candidato do PT, aliado nacional, mas que, nas últimas duas eleições à Presidência, ajudaram a dar a vitória aos tucanos Geraldo Alckmin (quase 300 mil votos de diferença) e José Serra (quase 500 mil), a quem apoiaram oficialmente. Bom seria para os petistas não esquecerem que, em 2002, quando o PMDB, de Luiz Henrique, pôs o bloco na rua para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, que virou presidente, impôs vantagem de 844 mil a mais do que Serra em Santa Catarina, a maior votação "per capita" do país à época.
DIVULGAÇÃO/ND
EXEMPLO VERDE
Pré-candidato do Partido Verde à Presidência da República, o médico Eduardo Jorge causou mais do que boa impressão, deu o exemplo ser forçar e usou o transporte coletivo para se deslocar desde que chegou a Florianópolis, algo comum em seu dia a dia, quando vai ao trabalho de ônibus ou de bicicleta. Esta é uma das bases das diretrizes de sua campanha, compilada no conceito “Viver Bem, Viver Verde”, tema da palestra que fez no Hotel Sofitel. As propostas que passam por desenvolvimento sustentável e reforma política merecem atenção dos eleitores.
Com a palavra
Voz ponderada dentro do Partido Progressista, o ex-deputado federal Hugo Biehl, que concorreu ao Senado na última eleição majoritária, cobra dos líderes do partido, os presidentes João Pizzolatti (em exercício) e Joares Ponticelli (licenciado) uma conversa com a cúpula antes da reunião com o governador Raimundo Colombo. Biehl lembra que o discurso de Pizzolatti era pela candidatura própria e que, quando do anúncio do encontro do dia 2, estava com Ponticelli e mais quatro deputados.
"Não faz sentido ouvir apenas a réplica do que (Raimundo) Colombo disse ao PMDB, pois há grandes controvérsias na base do PP em relação à aliança."
Hugo Biehl, ex-deputado federal (PP), ao defender um encontro prévio do PP antes da reunião do partido com Colombo e não respaldar o tal compromisso firmado com o PSD em dezembro passado.
Estranhou
Presidente em exercício do PP, o deputado João Pizzolatti estranha a preocupação de Hugo Biehl e confirma que o colega de partido tem participado de todas as decisões da sigla desde 2010.
Inclusive quando, em dezembro passado, Raimundo Colombo foi ao encontro de 200 filiados, na sede do diretório estadual, Biehl foi um convidado a participar.
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