sábado, 3 de maio de 2014

Nelma Kodama, a doleira que teria trabalhado para o PT


SÃO PAULO - A doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama cansou de ver sua casa de câmbio em Santo André, no ABC paulista, devassada por sucessivas operações da Polícia Federal. Hoje, seus clientes a encontram num restaurante chinês. Nele, comer sukyiaki é algo bem difícil. O portão, quase sempre fechado, só abre a conhecidos.
A atuação de Nelma, de 47 anos, no mercado de câmbio, por meio da Havaí Câmbio e Turismo, foi revelada na CPI dos Bingos, em 2006, pelo doleiro Antonio Claramunt, o Toninho Barcelona, que a apontou como responsável por operações em dólar para o PT na época em que Celso Daniel, assassinado em 2002, era prefeito de Santo André. Ouvida, ela negou qualquer tipo de operação irregular.
Oficialmente, a Havaí deixou de existir, mas Nelma prosperou. Presa na Operação Lava-Jato com 200 mil euros na calcinha, Nelma integra o grupo dos quatro maiores doleiros do país. Entre maio e novembro de 2013, ela enviou para o exterior US$ 5,2 milhões por meio de 91 importações fictícias, usando apenas uma de suas várias empresas de fachada, a Da Vinci Confecções.
Ré na Justiça Federal do Paraná por evasão de divisas e lavagem de dinheiro, ela ainda deve responder por mais crimes: faltam ser rastreados R$ 103 milhões que passaram por oito empresas de fachada e seis offshores em nove países


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