sábado, 31 de maio de 2014

Campos: Barbosa sinaliza que não participará de eleição



O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, afirmou há pouco que o fato...

O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, afirmou há pouco que o fato de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ter decidido se aposentar depois do prazo de descompatibilização para os magistrados que querem disputar a eleição de 2014 é uma sinalização de que ele não quer participar do pleito deste ano.
"Se fez assim, ele já mandou um recado aos navegantes de que não deseja participar - ao menos desta eleição - ativamente do processo político eleitoral", disse Campos em coletiva de imprensa após um seminário da aliança PSB-Rede-PPS, em Goiânia.
O pessebista argumentou ainda que, ao anunciar seu desligamento da corte já sem condições de se candidatar nestas eleições, Barbosa busca um período de "quarentena". " Entendo que ele está procurando ter uma quarentena na transição entre ser membro da Suprema Corte e a militância política. Ele preferiu ficar inelegível para esta eleição, para poder exatamente ter essa quarentena".
Nesta semana, Joaquim Barbosa anunciou que pretende deixar o Supremo em junho, mesmo podendo permanecer na Corte por mais de 10 anos antes de atingir a idade de aposentadoria compulsória. Com um desempenho favorável em pesquisas de intenção de voto, o gesto de Barbosa despertou o interesse de partidos políticos da oposição, que se articulam para tentar ao menos uma declaração de apoio do magistrado.
Sobre um possível apoio de Barbosa a algum dos candidatos na eleição deste ano, Campos afirmou que, ao deixar efetivamente o STF em junho, Barbosa vai dizer da sua disposição ou não de se manifestar. De acordo com Campos e com a candidata a vice em sua chapa, a ex-senadora Marina Silva, não cabe à legenda abordar o magistrado enquanto ele não se desligar da Corte ou mesmo se posicionar sobre a sua disposição de tomar partido no pleito. "Não é o caso de enquanto ele está no Supremo e enquanto ele não falou da sua disposição que a gente possa constrangê-lo com convites", disse. "Uma pessoa com a responsabilidade do ministro Joaquim Barbosa, não para se fazer esse tipo de convite. Ele é um homem consciente do passo que dará", complementou Marina. ()

SEMANA QUE VEM TEM COPA DO MUNDO

Sempre preferi as olimpíadas, em especial no tempo que amadores faziam do esporte uma diversão sem igual.
O negócio dos esportes, com suas marcas mais importantes que várias modalidades esportivas me afastaram das raias, das quadras e dos campos.
Hoje, costumo acompanhar algumas olimpíadas onde o cérebro é o desafiado ao limite.
Ivan Tadeu Júnior é um dos nossos campeões.
Física, Astrofísica, e outras disciplinas fazem dele um campeão.
Aceito nas importantes universidade de Harvard, MIT, Yale, Princeton, só para citar as mais próximas da gente.
Requereu uma bolsa de estudos para Cambridge a fim de estudar no MIT, uma das melhores do mundo na ENGENHARIA.
O GOVERNO DO PT, O MESMO QUE FINANCIOU 33.000.000.000,00 PARA A COPA DO MUNDO DE EMPRESAS PRIVADAS, RESPONDEU O QUE? Advinha?
------------------
Negou a porra da bolsa!
------------------
Para ir para Cuba estudar fundamentos de guerrilha, revolução cultural, agitação política, tem dinheiro de sobra.
Para mandar estudantes medíocres para universidades desconhecidas no mundo científico, tem dinheiro.
Mas, investir em quem tem MÉRITO COMPROVADO, não tem.
Por conta de coisas assim, eu repito desde 2002:
FORA PT. FORA LULA. FORA DILMA!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

OPINIÃO: E O FAZ DE CONTAS CONTINUA (*)


Em Santa Catarina há 25 anos não se aplica o mínimo constitucional em educação. Exatamente! E para não dizer claramente o que deveria, o TCE/SC cunhou um eufemismo: o Estado de SC cumpre aquela obrigação, considerando despesas que não poderiam ser consideradas...
Ontem ocorreu o julgamento das contas anuais apresentadas pelo Governador do Estado. Mais uma vez constatou-se que o tal gasto mínimo com educação não foi observado. Piorou, inclusive, em relação ao ano anterior. Mas os gastos com publicidade aumentaram quase 40%. Muito providencial às vésperas do ano eleitoral. Não obstante o relator do processo e outro conselheiro terem afirmado peremptoriamente que o governo não cumpriu com aquela obrigação constitucional, a maioria dos conselheiros resolveu novamente dizer o contrário. Se o faz de contas continua no TCE/SC, quem sabe não devemos nós também passarmos a fazê-lo.
Eis a minha sugestão:
Façamos de contas que 25 anos não é mesmo suficiente para cumprir essa lei chamada Constituição;
Façamos de contas que não há omissão alguma por parte do TCE/SC;
Façamos de contas que não há centenas de escolas, conforme apurado pelo próprio TCE, literalmente caindo sobre cabecinhas que precisariam estar sendo ocupadas com conhecimentos na escola;
Façamos de contas que isto não tem influência alguma na economia do Estado, pois afinal quem precisa de cérebros atualmente?
Façamos de contas que isto não tem repercussão alguma no futuro, afinal sempre poderemos corrigir isto;
Façamos de contas que não existiu essa geração, para quem a Constituição Federal também não existiu;
Façamos de contas que não estamos perdendo jovens para o crime em razão da falta de oportunidades, principalmente educacionais;
Façamos de contas, enfim, que este assunto não tem nada a ver conosco;
O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina já está fazendo...
(*) Diogo Roberto Ringenberg, Cidadão catarinense.

Nunca antes um partido indicou tantos ministros para o Supremo


Em 12 anos no poder, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva chegarão ao número de 13 ministros indicados para o STF. Só Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto bateram esse recorde

Ministros do supremo
PLENÁRIO – Os dez ministros remanescentes no Supremo Tribunal Federal. A presidente Dilma Rousseff indicará o 11º nome para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa (ABR)
Nos últimos anos, à medida em que o julgamento do mensalão avançava, sinalizando que políticos petistas não escapariam de pagar por seus crimes na cadeia, o PT e a esquerda passaram a repetir a ladainha de que a composição do Supremo Tribunal Federal (STF) pesou nas condenações. O principal alvo sempre foi o presidente do STF e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, mas os petistas também miravam outros integrantes da corte. O discurso capenga sempre esbarrou num dado concreto: no Brasil pós-redemocratização, nunca umpartido político indicou tantos ministros para o Supremo quanto o PT, legenda que completa neste ano seu terceiro mandato na Presidência da República. Agora, com a saída precoce de Joaquim Barbosa, a presidente Dilma Rousseff fará sua quinta indicação para compor a suprema corte. Seu antecessor no cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez oito. Juntos, os dois fecharão a conta de treze indicações – média superior a uma para cada ano de mandato. O saldo só é comparável às indicações feitas por Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto no início da República – cada um indicou quinze ministros.
Na história do STF, durante a ditadura militar, João Baptista Figueiredo e Humberto Castelo Branco também indicaram diversos ministros para o tribunal – nove e oito, respectivamente. 

Nos próximos anos, independentemente da saída de Joaquim Barbosa, outras vagas serão abertas no Supremo. As primeiras ocorrerão com as aposentadorias compulsórias de Celso de Mello (2015) e Marco Aurélio Mello (2016), aos 70 anos. Indicados por José Sarney e Fernando Collor de Mello, respectivamente, os dois são, ao lado do ministro Gilmar Mendes – indicado no governo Fernando Henrique Cardoso –, os únicos que não chegaram à corte em mandatos do PT. Em 2018, completarão 70 anos Rosa Weber, Teori Zavascki e Ricardo Lewandowski.
A indicação por um presidente do PT não fazdo ministro – e assim espera-se dele – um representante do partido no plenário do tribunal. Barbosa assumiu a cadeira na corte levado pelas mãos de Lula. Luiz Fux também foi apontado por Dilma. Os dois marcaram duros votos contra mensaleiros petistas. No entanto, há o exemplo contrário: Ricardo Lewandowski, indicado por Lula, é idolatrado por militantes petistas por assumir o papel de antagonista de Barbosa no julgamento do mensalão. Recentemente, os novatos Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, indicados por Dilma, foram decisivos para reverter condenações pelo crime de formação de quadrilha, atenuando penas.
Nos corredores do tribunal, a lista de possíveis sucessores de Barbosa é grande: os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves, Luis Felipe Salomão, Herman Benjamin e Nancy Andringhi; e os advogados Heleno Torres e Luiz Eduardo Fachin. E ainda algumas apostas temerárias para a plena independência dos Poderes, como Luís Inácio Adams, advogado-geral da União (AGU), candidato a repetir o mau exemplo de José Dias Toffoli, que antes da toga deu expediente como advogado do PT.

SC lidera compara de armas e é o Estado menos violento do Pais.


John Lott em More Guns, Less Crime procura fazer um caso sobre o direito de portar armas. Lott ao analisar dados de 1977 até 2005 para estudar os efeitos das leis que restringem a posse e a compra de armas de forma legal chegou a conclusão que elas não diminuíam a quantidade de crimes, pelo contrário, aumentavam-no.
Mas por quê? Ao contrário do muitos pensam, armas geram igualdade e empoderamento. Se antes o homem forte e alto poderia explorar a mulher frágil e fraca, ambos podendo estar armados, a relação de poder se torna bem mais equalizada. Pessoas que caçam confusão em todos os lugares que vão teriam fortes incentivos para se comportarem de forma mais educada sabendo que sua próxima vítima pode ser fatal. O mesmo se aplica a criminosos.
Não é apenas uma feliz coincidência que Santa Catarina seja o estado que mais vende armas e o mais seguro do país. (http://goo.gl/ICWZPT | http://goo.gl/9JPcXN)

Adams, um dos cotados para o STF, enroscou-se na Operação Porto Seguro; José Eduardo Cardozo, outro, seria o começo do tribunal bolivariano


Ai, ai… Que chatice! Vai começar, quer dizer, já começou, a bolsa de apostaspara o substituto de Joaquim Barbosa. Como no poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, pode acontecer o óbvio, mas também pode aparecer um J.Pinto Fernandes que não havia entrado na história, né?
Quem são os cotados? Desde sempre, está na parada Luís Inácio Adams, titular da Advocacia Geral da União. Faz tempo que é cotado. Em 2012, seu prestígio sofreu um forte abalo por causa da Operação Porto Seguro. Uma das pessoas alvejadas foi o seu então segundo na AGU, José Weber Holanda, considerado uma espécie de chefe da turma à qual pertencia Rosemary Noronha, a Primeira-Amiga de Lula.
Weber era mais do que um subordinado de Adams. Era mesmo um amigo. Seu esforço para emplacá-lo em cargos públicos foi imenso, mesmo sabendo que o rapaz estava envolvido em alguns casos nebulosos, inclusive com processo na Justiça, de quando ainda era procurador-geral do INSS. Considerou-se, ora vejam!, que tinha bens incompatíveis com os seus rendimentos.
Em 2012, Adams estava cotado para a Casa Civil, e o episódio derrubou a sua candidatura. Voltou a cair nas graças do Planalto com o caso do programa “Mais Médicos”, do qual foi um defensor ardoroso. Um jornalista lhe perguntou o que aconteceria se os cubanos pedissem asilo ao Brasil. Ele não titubeou: “Nesse caso me parece que não teriam direito a essa pretensão. Provavelmente seriam devolvidos.”
Cardozo
Outro candidato, também já faz algum tempo, é, acreditem, José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Nego-me, vamos dizer assim, a analisar a hipótese. Se for indicado, será a escolha clara pela, digamos, “bolivarianização” do tribunal.
Cardozo foi um dos coordenadores da campanha de Dilma à Presidência. Simpaticamente, ela o apelidava de um de seus “Três Porquinhos” — os outros dois eram Antonio Palocci e José Eduardo Dutra.
As declarações antigas e recentes de Cardozo — que se comporta sempre como militante do PT, nunca como ministro da Justiça — o desqualificam, obviamente, a fazer parte da Suprema Corte do país.
Por Reinaldo Azevedo

PF vai investigar Facebook e usuários por ataques ao PT


A Polícia Federal (PF) vai abrir inquéritos para investigar a Facebook Serviços Online do Brasil Ltda e pelo menos quatro usuários da rede social por causa de ataques ao PT e ao ex-ministro Fernando Pimentel, provável candidato do partido ao governo de Minas. A decisão de pedir à PF a abertura das investigações é do diretor do Foro Eleitoral de Belo Horizonte, juiz Renato Luiz Faraco, que determinou a remessa de duas notícias crime apresentadas ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MG) pela legenda e pelo pré-candidato.
Em uma das ações, o PT pede que seja apurada a responsabilidade da empresa, responsável pela administração do Facebook, em crimes eleitorais que estariam sendo cometidos por "usuários anônimos", que usam páginas de grupos da rede social para "caluniar e difamar" o partido. A ação cita os artigos 323 a 326 do Código Eleitoral, que definem como crimes a divulgação de fatos "inverídicos" ou calúnia contra partidos ou candidatos com "fins de propaganda", além de ataques "à reputação" e ofensas à "dignidade ou decoro".
Já Pimentel apresentou ação contra os usuários Cristiano Alves Guimarães, Tomas Soares, Lucas Gontijo Guimarães e Carlucio Santos Carvalho. De acordo com o TRE-MG, na notícia crime, o ex-ministro acusa os usuários de promoverem "verdadeiro achaque à sua figura em duas páginas (FanPages)" na rede social. Ainda segundo a Justiça Eleitoral, além deles, a ação também inclui a Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. porque "a hospedagem das páginas ofensivas é feita em seus domínios e que, mesmo recebendo várias denúncias, a empresa não teria providenciado, até o momento, a retirada do conteúdo do ar".
O juiz Renato Faraco seguiu parecer do Ministério Público Eleitoral ao decidir enviar as petições à PF, o que ocorreu no último dia 24, mas a instituição não confirmou se os inquéritos já foram instaurados. O Estado não conseguiu contato com o a assessoria do Facebook, no início da noite desta quinta-feira, 29.
A reportagem enviou mensagens aos quatro usuários citados na ação, mas até o fechamento desta edição não houve retorno. Nas páginas deles na rede social há diversas críticas ao PT e ao menos na de Lucas Gontijo há elogios ao senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB à Presidência e principal padrinho político do ex-ministro e também tucano Pimenta da Veiga, principal adversário de Pimentel na eleição estadual. Gontijo é ex-prefeito de Luz, no centro-oeste de Minas, e foi derrotado nas eleições de 2012 ao disputar novamente o cargo pelo PTB, partido da base do governo mineiro. 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil


Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil

Lula_e_FidelO maior inimigo do Brasil e do continente nas últimas décadas precisa ser identificado pelos homens de bem deste país, de modo que reúno abaixo o mínimo que você precisa saber a respeito para se informar e educar os amigos, compartilhando este link nas redes sociais.
Fundado em 1990 por Lula e Fidel Castro — por ideia de Lula, segundo ele mesmo declarou (o que nunca é de todo confiável) em maio de 2011 [ver Vídeo 5] —, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu em 2007 o filósofo Olavo de Carvalho, autor do best seller idealizado e organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Por quase duas décadas, os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo, descoberto pelo advogado paulista José Carlos Graça Wagner, que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, e não faltou quem rotulasse seus denunciadores como “teóricos da conspiração”. De uns anos para cá, quando o Foro já tinha feito e desfeito governos em toda a América Latina, elegendo presidentes dos países do continente cerca de 15 membros da organização, seu nome começou a aparecer aqui e ali em reportagens, como se o Foro fosse apenas uma entidade como outra qualquer.
Vamos ver se é mesmo? Vem comigo.
I.
VÍDEO 1 – 2012 – MENSAGEM DE LULA EM APOIO A HUGO CHÁVEZ
“Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos onde chegamos. Naquela época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão mudando a face da América Latina. (…) Em tudo que fizemos até agora, que foi muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade na diversidade. (…) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade. (…) Tua vitória será a nossa vitória.”
II.
VÍDEO 2 – 2008 – HUGO CHÁVEZ CONFESSA: LULA E FARC JUNTOS NO FORO DE 1995
Hugo Chávez confessa ter conhecido o presidente Lula e um dos então comandantes das Farc Raúl Reyes — cuja eliminação pelo Exército colombiano no nordeste do Equador ele lamenta e furiosamente critica — na reunião do Foro de São Paulo de 1995, em San Salvador, capital de El Salvador, na América Central:
Recebi o convite para assistir, em 1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. (…) Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao meu posto na reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo conversando, e lembro que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse: ‘Cara, quero conversar com você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes, um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos reunimos nesta noite, em algum bairro humilde lá de El Salvador. (…) E então se abriu um canal de comunicação e ele veio aqui (…) e conversamos horas e horas. Depois, em uma terceira e última ocasião, passou por aqui também.
III.
A PARCERIA ENTRE FARC E PT, SEGUNDO O COMANDANTE RAÚL REYES
Em entrevista à Folha de S. Paulo de 27 de agosto de 2003, Raúl Reyes dera, entre outras, as seguintes declarações:
Folha — O sr. conheceu Lula?
Reyes — Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.
Folha — Houve uma conversa?
Reyes — Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.
Folha — Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?
Reyes — Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.
Folha — Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?
Reyes — As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais…
Folha — O senhor pode nomear as mais importantes?
Reyes — Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas…
Folha — Quais intelectuais?
Reyes — [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.
IV.
A MENTIRA DE VALTER POMAR SOBRE FARC E FORO
Em 18 de agosto de 2010, saiu no Estadão Online:
O secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, do Partido dos Trabalhadores (PT), negou hoje (18) qualquer vínculo desse grupo de partidos da esquerda e da centro-esquerda latino-americanas, criado em 1990, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). ‘As Farc não participam e nunca participaram do Foro de São Paulo’, disse Pomar, em entrevista a correspondentes brasileiros em Buenos Aires, onde se realiza o 16.º encontro da organização.
A Agência Estado insistiu na indagação sobre se nem em 1990, ano da criação do grupo pelo PT, na capital paulista, houve a participação no Foro de algum partido político ligado às Farc. ‘Eu estava lá. Não participou nem como um setor de partido’, afirmou. Segundo ele, todos os representantes da Colômbia que participam das reuniões do Foro pertencem a organizações e partidos legais. O secretário executivo do Foro disse que esse assunto voltouà tona por causa da declaração do candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM), sobre a ligação entre PT e Farc.
Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:
Quer dizer então, ó figura, que o Raúl Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembleia do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer que conhecera Raúl Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o expediente da revista América Libre é todo falsificado? Quer dizer que as atas do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las em espanhol? Ora, vá lamber sabão.
V.
DISCURSO DE LULA DE 2 DE JULHO DE 2005 – 15 ANOS DE FORO
Pronunciado na celebração dos 15 anos de existência do Foro de São Paulo e reproduzido no site oficial do governo, este discurso é, segundo Olavo de Carvalho, “a confissão explícita de uma conspiração contra a soberania nacional, crime infinitamente mais grave do que todos os delitos de corrupção praticados e acobertados pelo atual governo; crime que, por si, justificaria não só o impeachment como também a prisão do seu autor”:
Em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio [Garcia] tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990… Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.
Olavo de Carvalho escreveu na ocasião:
(…) O sr. presidente confessa, em suma, que submeteu o país a decisões tomadas por estrangeiros, reunidos em assembleias de uma entidade cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer nem muito menos entender.
Não poderia ser mais patente a humilhação ativa da soberania nacional, principalmente quando se sabe que entre as entidades participantes dessas reuniões decisórias constam organizações como o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, e as Farc, narcoguerrilha colombiana, responsável, segundo seu parceiro Fernandinho Beira-Mar, pela injeção de duzentas toneladas anuais de cocaína no mercado nacional. (…)
VI.
VÍDEO 3 – LULA MENTE PARA BORIS CASOY DURANTE CAMPANHA DE 2002
Em entrevista ao Jornal da Record, durante a campanha eleitoral de 2002, Lula mente descaradamente ao negar a existência de uma aliança entre ele, Hugo Chávez e Fidel Castro.
VII.
PT/FARC/FORO – SEQUÊNCIA DE FATOS
Em 24 de setembro de 2007, Olavo de Carvalho publicou o artigo “O perigo sou eu”, no qual pede mais uma vez ao leitor — já o tinha feito em “Relendo notícias”, de 2003 — a gentileza de examinar brevemente esta sequência de fatos:
· Abril de 2001: O traficante Fernandinho-Beira Mar confessa que compra e injeta no mercado brasileiro, anualmente, duzentas toneladas de cocaína das Farc em troca de armas contrabandeadas do Líbano.
· 7 de dezembro de 2001: O Foro de São Paulo, coordenação do movimento comunista latino-americano, sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, lança um manifesto de apoio incondicional às Farc, no qual classifica como ‘terrorismo de Estado’ as ações militares do governo colombiano contra essa organização.
· 17 de outubro de 2002: O PT, através do assessor para assuntos internacionais da campanha eleitoral de Lula, Giancarlo Summa, afirma em nota oficial que o partido nada tem a ver com as Farc e que o Foro de São Paulo é apenas ‘um foro de debates, e não uma estrutura de coordenação política internacional’.
· 1º de março de 2003: O governo petista estende oficialmente seu manto de proteção sobre as Farc, recusando-se a classificá-las como organização terrorista conforme solicitava o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.
· 24 de agosto de 2003: O comandante das Farc, Raul Reyes, informa que o principal contato da narcoguerrilha no Brasil é o PT e, dentro dele, Lula, Frei Betto e Emir Sader.
· 15 de março de 2005: Estoura o escândalo dos cinco milhões de dólares das Farc que um agente dessa organização, o falso padre Olivério Medina, afirma ter trazido para a campanha eleitoral do sr. Luís Inácio Lula da Silva. O assunto é investigado superficialmente e logo desaparece do noticiário.
· 2 de julho de 2005: Discursando no 15º. Aniversário do Foro de São Paulo, o sr. Luís Inácio Lula da Silva entra em contradição com a nota de 17 de outubro de 2002, confessando que o Foro é uma entidade secreta, ‘construída para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política’, que essa entidade interferiu ativamente no plebiscito venezuelano e que ali, em segredo, ele próprio tomou decisões de governo junto com Chávez, Fidel Castro e outros líderes esquerdistas, sem dar ciência disto ao Parlamento ou à opinião pública.
· 9 de abril de 2006: O chefe da Delegacia de Entorpecentes da PF do Rio, Vítor Santos, informa ao jornal O Dia que “dezoito traficantes da facção criminosa Comando Vermelho — entre eles pelo menos um da Favela do Jacarezinho e outro do Morro da Mangueira — vão periodicamente à fronteira do Brasil com a Colômbia para comprar cocaína diretamente com guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os bandidos são alvo de investigação da Polícia Federal. Eles ocuparam o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar”.
· 12 de maio de 2006: O PCC em São Paulo lança ataques que espalham o terror entre a população. Em 27 de dezembro é a vez do Comando Vermelho fazer o mesmo no Rio de Janeiro.
· 18 de julho de 2006: O Supremo Tribunal Federal, sob a pressão de um vasto movimento político orquestrado pelo PT, concede asilo político ao falso padre Olivério Medina, agente das Farc.
· 16 de maio de 2007: O juiz Odilon de Oliveira, de Ponta-Porã, divulga provas de que as Farc atuam no território nacional treinando bandidos do PCC e do Comando Vermelho em técnicas de guerrilha urbana.
· 12 de fevereiro de 2007: As Farc fazem os maiores elogios ao PT por ter salvo da extinção o movimento comunista latino-americano por meio da fundação do Foro de São Paulo.
· Agosto de 2007: Nos vídeos preparatórios ao seu 3º. Congresso, o PT admite que seu objetivo é eliminar o capitalismo e implantar no Brasil um regime socialista; e fornece ainda um segundo desmentido à nota de Giancarlo Summa, ao confessar que o Foro de São Paulo é ‘um espaço de articulação estratégica’ (sic).
· 19 de setembro de 2007: Lula oferece o território brasileiro como sede para um encontro entre Hugo Chávez e os comandantes das Farc.
Entre esses fatos ocorreram outros inumeráveis cuja data não recordo precisamente no momento, entre os quais o fornecimento maciço de armas às Farc pelo governo Hugo Chávez, uma campanha nacional de mídia para desmoralizar o analista estratégico americano Constantine Menges que divulgava a existência de um eixo Lula-Castro-Chávez-Farc, os tiroteios entre guerrilheiros das Farc e soldados do Exército brasileiro na Amazônia, as denúncias de que as Farc davam treinamento em guerrilha urbana aos militantes do MST e, é claro, várias assembléias gerais e reuniões de grupos de trabalho do Foro de São Paulo.
A existência de uma ligação profunda, constante e solidária entre o PT e as Farc é um fato tão bem comprovado, que quem quer que insista em negá-la só pode ser parte interessada na manutenção do segredo ou então um mentecapto incurável. (…)
VIII.
VÍDEO 4 – 14ª REUNIÃO DO FORO – MONTEVIDÉU, 2008
Reportagem da Veja.com sobre o XIV Encontro do Foro de São Paulo, em Montevidéu, em 2008, com as participações dos petistas José Eduardo Martins Cardozo, Marco Aurélio Garcia, Raul Pont, Valter Pomar e Nilmário Miranda; e a repetição de todos os chavões socialistas e gritos revolucionários.
IX.
VÍDEO 5 – DISCURSO DE LULA DE 2011 – 17ª REUNIÃO DO FORO
Trechos do discurso de Lula, em que ele lembra de quando teve a ideia do Foro e do dia em que conheceu Fidel Castro, admite que Chávez tentou um golpe na Venezuela, e mostra como os participantes da entidade foram conquistando o poder em toda a América Latina, país por país (além, é claro, de soltar todas as suas bravatas eleitoreiras):
(…) Querido companheiro Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, e sua companheira Rosario [Murillo]; querido companheiro [Ricardo] Alarcón [de Quesada], representando aqui o extraordinário povo cubano; querido companheiro [Nicolás] Maduro, chanceler da Venezuela, queridos companheiros latino-americanos e convidados para essa 17ª reunião do Foro de São Paulo.
Eu tenho sempre a preocupação, querido [José Manuel] Zelaya, de participar desses Foros e falar em português. [Trecho inaudível...] não entende nada do que ‘yo hablo’. [Risos.] Eu tenho um tradutor que é um cubano naturalizado brasileiro. Se precisar o tradutor pode traduzir para que todo mundo entenda o que estou “hablando”. Se entende… Bom, se não entender, eu não tenho culpa.
Eu queria dizer a todos vocês que eu tô emocionado porque faz muito tempo que eu não participo de uma reunião do Foro de São Paulo. Parece que a última foi no Bar Latino em São Paulo em 2005, mas muito de passagem. E eu lembro quando tivemos a ideia de construir o Foro de São Paulo. Em 1985, eu fiz uma entrevista para um jornal brasileiro, e eu dizia que não era possível um metalúrgico chegar à presidência pelo voto e disputando democraticamente uma eleição. Quatro anos depois, eu fui à primeira disputa presidencial, fui para a segunda volta [turno], e terminei as eleições com 47% dos votos. O PT saiu muito fortalecido daquela eleição. Os partidos de esquerda que estão aqui, brasileiros — não sei se estão todos, mas o PCdoB, o PSB, não sei se estão… o PDT — que estiveram juntos comigo, todos nós saímos muito fortalecidos.
E aí então veio a ideia, conversando com os companheiros cubanos num primeiro momento, de fazermos uma reunião da esquerda latino-americana. E fizemos em São Paulo, no Hotel Danúbio que já não existe mais, em junho de 1990, a nossa primeira reunião. Havia, meu querido Maduro, tantos partidos de esquerda na América Latina e tantas divergências, que só da Argentina compareceram 13 partidos políticos, e a única coisa que unificava os argentinos eram os gols de Maradona na Copa do Mundo de 1990. [Risos. Aplausos.] Havia um processo de desconfiança muito grande entre toda a esquerda latino-americana. Nós não tínhamos ainda aprendido uma lição básica que iria permitir que a esquerda chegasse ao poder. Nós temos um brilhante educador brasileiro, que já morreu, um dos mais importantes, que muitos latino-americanos conhecem, Paulo Freire, e ele dizia: ‘Juntar os diferentes para derrotar os antagônicos.’
E nós fomos aprendendo a conviver entre nós, e fomos construindo uma relação democrática difícil, complicada, muitas vezes era necessário muita paciência. Eu lembro que uma vez na reunião do Foro de São Paulo em El Salvador, nós não deixamos o Chávez participar, porque Chávez tinha tentado o golpe na Venezuela e nós não deixamos ele participar. Era muito difícil. Havia um processo de desconfiança entre nós muito grande. E de coração eu quero dizer pra vocês que uma das forças políticas que mais contribuiu para que nós chegássemos a construir o que nós construímos foram os companheiros do partido comunista cubano, que sempre tiveram paciência e experiência de nos ajudar. Não posso desmerecer o trabalho do companheiro Marco Aurélio Garcia, que hoje está no governo, não está aqui, mas que participou de quase todas as reuniões do Foro de São Paulo.
Eu fico imaginando que algumas pessoas não estão mais aqui entre nós. E eu queria saudar aqueles que não estão aqui entre nós, homenageando o companheiro Schafik [Handal], da Frente Farabundo Martí, que não está entre nós. [Aplausos.] Nós estamos um pouco mais velhos. Quando começou o Foro, eu não tinha nenhum cabelo branco. Tomaz Borges tinha todo o cabelo na cabeça. [Risos] Daniel Ortega era cabeludo. [Risos] Ou seja: nós estamos cansados, mais do que quando começamos o Foro. Mas o caminho que nós percorremos não pode perder a importância das nossas conquistas. Nós estamos falando de 21 anos. Vinte e um anos é o tempo de maturidade de um jovem ou de uma jovem. E nesses 21 anos, olhemos a fotografia da America Latina de 1990 e olhemos a fotografia da America Latina de 2011, e nós vamos perceber que um verdadeiro furacão de democracia passou pelo nosso continente. Um verdadeiro furacão.
Eu fico olhando a América do Sul. Quando cheguei à presidência em 2002, só tinha o Chávez. Mesmo assim, tinha sofrido um golpe. Depois, veio [Nestor] Kirchner. Depois de Kirchner, veio eleições no Paraguai. Depois, no Uruguai, com Tabaré [Ramón Vázquez Rosas]. Depois veio no Equador. E nós fomos fazendo uma mudança extraordinária que culminou com a eleição do companheiro Evo Morales na Bolívia. [Aplausos.] É a demonstração mais viva dessa evolução política da esquerda latino-americana. [Aplausos.]
Porque esses meninos, e eu digo meninos porque tive o prazer de participar no dia 19 de julho de 1980 do primeiro aniversário da Frente Sandinista quando o orador principal foi Tomás Borges, o dia em que eu conheci Fidel Castro e fomos comer uma lagosta na casa não sei de quem, e eu lembro perfeitamente bem que, depois de chegar ao poder por uma revolução, no momento certo a Frente Sandinista não teve medo e convocou eleições democráticas. Perdeu. Daniel é o único ser humano do planeta que perdeu mais eleições do que eu. Eu perdi três eleições. Daniel perdeu quatro eleições. [Risos.] Quatro eleições. Entretanto, por nenhum momento, por mais acusado que esse companheiro fosse, ele deixou de acreditar que o caminho da democracia que a Frente Sandinista tinha optado era o melhor para a Nicarágua. E agora está o companheiro de volta para a presidência da República pela via do voto direto. Eu, como vocês estão percebendo, tenho muita dificuldade de fazer qualquer discurso de oposição depois de oito anos de governo. (…)
X.
VÍDEO 6 – JOSÉ DIRCEU FALA DO FORO NO PROGRAMA “PROVOCAÇÕES”
Como escreveu Olavo de Carvalho no facebook:
Há anos aviso que no Foro de São Paulo o mais importante não são as assembleias, mas as conversações discretas, ou reservadas, onde o destino de vários países é decidido pelas costas da população. Exemplo:
ANTÔNIO ABUJAMRA: Anos atrás, você podia prever uma América Latina assim: Fidel, Chávez, Morales, Bachelet, Correa… Quem mais? TODOS de esquerda na América do Sul! Você podia prever que isso ia acontecer?
JOSÉ DIRCEU: Prever, não. Mas nós já lutávamos por isso e já trabalhávamos por isso. Inclusive porque nós criamos o Foro de São Paulo, que lutava pra isso; depois criamos ainda o Grupo de Marbella, porque é o nome da cidade do hotel onde nós ficamos no Chile, que se reuniu, TODOS foram presi… Todos depois foram eleitos presidentes da República. Todos foram. TODOS. O Ciro Gomes, que participava, e o [mexicano] Cuauhtémoc Cárdenas ainda não foram. Mas o [Vicente] Fox foi [no México]. O [Ricardo] Lagos foi [no Chile]. Tabaré Vazquez foi [no Uruguai]. [Cita outro, inaudível.] O Lula foi. Então você vê que não é o Chávez, o Evo Morales…
ANTÔNIO ABUJAMRA [interrompendo]: Tabaré, Kirchner… Se essa turma se unir, o que é meio difícil, o que é que acontece com a América Latina?
JOSÉ DIRCEU: Não, a condição para a América Latina avançar é a união desses presidentes desses países. Por isso que a informação de que o Banco do Sul está avançando… e a consolidação do Mercosul, e a integração energética, o gasoduto, e mesmo a zona de livre-comércio entre os nossos países… Não há nada mais importante pra nós que a integração da América Latina. Hoje, o NAFTA, a União Europeia e o Pacto Asiático: 70% do comércio é intrabloco. Só 30[%] é exportado para fora do bloco. Aqui na América Latina ou do Sul, ainda é 20 ou 25%. Então nós temos muito para integrar. 
XI.
VÍDEO 7 – DISCURSOS DE LULA E DILMA SOBRE FORO E REVOLUÇÃO
LULA: “O que Cuba tem mais do que nós? O povo cubano tem mais dignidade que a maioria dos povos da América Latina. (…) E foi assim que nós conseguimos construir o Foro de São Paulo e pela primeira vez a gente conseguiu juntar todos os partidos de esquerda da América Latina. Não pensem que é fácil! Tem aqui companheiros que partcipam…
DILMA: “Eu me sinto muito feliz de estar na tenda da revolução cubana, dos 50 anos da revolução cubana, que foi um acontecimento histórico na América Latina e teve uma influência profunda na minha geração. Então eu considero este momento especial.
XII.
VÍDEO 8 – DISCURSO DE LULA DE 2013 – LULA EXPLICA A ESTRATÉGIA DO FORO DE SÃO PAULO PARA CHEGAR AO PODER
Em 1990, ou melhor, em 1980, a esquerda latino-americana não acreditava que fosse possível chegar ao poder pela via da disputa democrática e sobretudo pela via eleitoral. (…) E a história se encarregou de provar que a democracia exercida a partir da participação de massas pode ser a melhor fonte para que a esquerda chegue ao poder em qualquer país do mundo. Vamos ver a experiência do companheiro Chávez (…). É importante lembrar que uma grande parte da elite da Venezuela não admite a chegada de Chávez ao poder (…), como não aceitam o Lula no Brasil e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessa cosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos, devemos muito aos companheiros cubanos, porque, ao contrário do que muita gente conservadora pensa, os companheiros cubanos sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente. E isso aconteceu e pode acontecer muito mais, porque agora nós temos a obrigação de não permitir que haja nenhum retrocesso nas conquistas que nós obtivemos até agora. Nenhum retrocesso!
A propósito: os “companheiros cubanos”, segundo Lula, sempre ensinaram o “exercício da tolerância” e da “convivência pacífica” entre os vários setores DA ESQUERDA, é claro. Porque, na Cuba de Fidel e Raúl Castro, a “tolerância” e o “pacifismo” com os opositores políticos sempre foram exercidos com prisões e fuzilamentos mesmo.
XIII.
CINCO CRIMES DO FORO DE SÃO PAULO
8 de agosto de 2013 às 10:16
Por Olavo de Carvalho
1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.
2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.
3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.
4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.
5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.
XIV.
EX-EMBAIXADOR AMERICANO SOBRE A NECESSIDADE DE ESPIONAR O BRASIL: “BASTA LER AS ATAS DO FORO”
Segue abaixo o texto que traduzi na ocasião. A respeito dele, Olavo de Carvalho comentou: “Como é que uma entidade que nem mesmo existe, ou que é apenas um inocente clube de debates, pode criar uma crise diplomática de dimensões mastodônticas? TODOS os que ocultaram ou disfarçaram durante quase duas décadas a existência do Foro de São Paulo são culpados de que ISTO esteja acontecendo agora.”
POR QUE NÓS ESPIONAMOS O BRASIL
Tradução de Felipe Moura Brasil da coluna de Carlos Alberto Montaner, publicada no Miami Herald de 25 de setembro de 2013.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cancelou sua visita ao presidente Obama. Ela se sentiu ofendida porque os Estados Unidos estavam espionando seu e-mail. Não se faz isso com um país amigo. A informação, provavelmente confiável, foi fornecida por Edward Snowden de seu refúgio em Moscou.
Intrigado, perguntei a um ex-embaixador dos EUA: “Por que eles fizeram isso?” Sua explicação foi duramente franca:
“Do ponto de vista de Washington, o governo brasileiro não é exatamente amigável. Por definição e historicamente, o Brasil é um país amigo que ficou do nosso lado durante a II Guerra Mundial e a da Coreia, mas seu governo atual não está.”
O embaixador e eu somos velhos amigos. “Posso revelar seu nome?”, perguntei. “Não”, respondeu ele. “Isso criaria um problema enorme para mim. Mas você pode transcrever nossa conversa.” É o que farei aqui.
“Tudo que você tem de fazer é ler as atas do Foro de São Paulo e observar a conduta do governo brasileiro”, disse ele. “Os amigos de Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são os inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela chavista, primeiro com (Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro; a Cuba de Raúl Castro; o Irã; a Bolívia de Evo Morales; a Líbia dos tempos de Kadafi; a Síria de Bashar Assad.
“Em quase todos os conflitos, o governo brasileiro concorda com as linhas políticas da Rússia e da China, em oposição à perspectiva do Departamento de Estado dos EUA e da Casa Branca. A família ideológica com que mais se parece é a dos BRICS, com os quais tenta conciliar sua política externa. [Os BRICS são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.]
“A imensa nação sul-americana não tem nem manifesta a menor vontade de defender os princípios democráticos que são sistematicamente violados em Cuba. Pelo contrário, o ex-presidente Lula da Silva muitas vezes leva investidores à ilha para fortalecer a ditadura dos Castros. O dinheiro investido pelos brasileiros no desenvolvimento do superporto de Mariel, próximo a Havana, é estimado em US$ 1 bilhão.
A influência cubana no Brasil é velada, mas muito intensa. José Dirceu, ex-chefe de gabinete e ministro mais influente de Lula da Silva, havia sido um agente dos serviços de inteligência cubanos. No exílio em Cuba, ele tivera o rosto cirurgicamente alterado. Ele retornou ao Brasil com uma nova identidade (Carlos Henrique Gouveia de Mello, um comerciante judeu) e ficou nessa função até que a democracia foi restaurada. De mãos dadas com Lula, ele colocou o Brasil entre os principais colaboradores da ditadura cubana. Ele caiu em desgraça porque era corrupto, mas nunca recuou um centímetro de suas preferências ideológicas e de sua cumplicidade com Havana.
“Algo semelhante está acontecendo com o professor Marco Aurélio Garcia, atual assessor de política externa de Dilma Rousseff. Ele é um anti-ianque contumaz, pior até do que Dirceu, porque ele é mais inteligente e foi mais bem treinado. Ele fará tudo o que puder para despistar os Estados Unidos.
“Para o Itamaraty – um ministério de relações exteriores reconhecido pela qualidade dos seus diplomatas, geralmente poliglotas e bem educados –, a Carta Democrática assinada em Lima em 2001 é só um pedaço de papel sem importância alguma. O governo simplesmente ignora as fraudes eleitorais cometidas na Venezuela e na Nicarágua e é totalmente indiferente a qualquer abuso contra a liberdade de imprensa.
“Mas isso não é tudo. Há outras duas questões que fazem os Estados Unidos quererem ser informados em relação a tudo o que acontece no Brasil, pois, de uma forma ou de outra, elas afetam a segurança dos Estados Unidos: corrupção e drogas.
O Brasil é um país notoriamente corrupto e essas péssimas práticas afetam as leis dos Estados Unidos de duas maneiras: quando os brasileiros utilizam o sistema financeiro americano e quando eles competem de forma desleal com empresas dos EUA, recorrendo a subornos ou comissões ilegais.
“A questão das drogas é diferente. A produção de coca boliviana quintuplicou desde que Evo Morales se tornou presidente, e o distribuidor dessa substância é o Brasil. Quase tudo acaba na Europa, e os nossos aliados estão querendo informações. Essas informações, às vezes, estão nas mãos de políticos brasileiros.”
Minhas duas perguntas finais são inevitáveis. Washington apoiará a candidatura do Brasil a membro permanente no Conselho de Segurança da ONU?
“Se você perguntar para mim, não”, diz ele. “Nós já temos dois adversários permanentes: Rússia e China. Não precisamos de um terceiro.”
Para finalizar, os Estados Unidos continuarão espionando o Brasil?
“Com certeza”, ele me diz. “É nossa responsabilidade para com a sociedade americana.”
Acho que Dona Dilma deveria trocar seu e-mail com frequência.
XV.
ÁUDIO – GRAÇA SALGUEIRO EXPLICA A HISTÓRIA DO FORO
Em excelente entrevista para Bruno Garschagen sobre a ditadura chavista assassina de Nicolás Maduro na Venezuela, no 112º Podcast Mises Brasil, a autora do incontornável blog NotaLatina, Graça Salgueiro, faz um resumo do Foro de São Paulo, a partir dos 30 minutos, que transcrevo abaixo.
GRAÇA: Em 1990, quando a Rússia já tinha rompido os acordos com Cuba, tinha acabado com a proteção que oferecia a Cuba, o Fidel Castro viu que as coisas não estavam caminhando no rumo socialista como ele imaginava, a revolução dele poderia despencar, e também com o “fim” do comunismo na União Soviética, a dissolução da URSS com a queda do Muro de Berlim, tudo isso deixou o comunismo de uma certa forma meio sem chão. Então, ele já conhecia o Lula, convidou o Lula para formar um grupo, para ter um encontro e, em 2 de julho de 1990, eles tiveram um encontro aqui em São Paulo, e por conta disso, por ter sido o primeiro encontro em São Paulo, eles então passaram a denominá-lo no ano seguinte de Foro de São Paulo. Nesse evento, eles convocaram todos os países da América do Sul e Central que fossem de esquerda e também organizações ligadas à esquerda. Além dessas organizações ligadas à esquerda, também tinha grupos terroristas como as Farc, o ELN [Exército de Libertação Nacional, da Colômbia], o Sendero Luminoso [de inspiração maoísta, do Peru], enfim (…). E o objetivo dele, do Fidel Castro quando resolveu criar essa organização, foi muito claro: ele disse que pretendia recriar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu. Então foi assim que foi criado o Foro de São Paulo e, à medida que os anos foram passando, essas reuniões passaram a ser anuais, tendo três encontros do grupo de trabalho do Foro de São Paulo que é quem elabora realmente a pauta do que vai ser discutido no próximo encontro e o encontro anual se dá uma vez em cada país-membro, que é escolhido na reunião que está acontecendo… e durante todo o ano eles vão pondo em prática aquelas atividades, aquelas coisas que foram determinadas lá na pauta desse encontro. Saem as resoluções: tem uma resolução geral e tem as resoluções específicas de cada país. Por exemplo: quando vai haver eleição nos países, então ali está a pauta dizendo: vai ter eleição no Brasil, vai ter eleição no Chile, vai ter eleição não sei aonde, e a gente precisa apoiar o candidato X. Então aquele candidato citado ali é o candidato do Foro de São Paulo. E foi assim que eles conseguiram colocar no 15 presidentes-membros da organização, do Foro de São Paulo.
BRUNO: E esse apoio se dava como, Graça?
GRAÇA: Esse apoio se dava de todas as formas que você imagina. Por exemplo, eles defendem muito a não ingerência nos países dos outros, a autodeterminação dos povos, não sei o quê, eles usam muito essas expressões, mas eles não cumprem nenhuma delas. Eu não sei se você viu, mas se alguém quiser fazer a pesquisa, vai encontrar pelo Youtube vídeo do Lula apoiando e pedindo votos para Hugo Chávez [ver item I] e agora mais recentemente para o Nicolás Maduro [ver item XVII]; o Chávez fazendo vídeo para pedir vota para Dilma. Fora isso eles mandam grupos de estudos, como eles chamam, para visitar universidades, para visitar organizações, fazem palestras, dão dinheiro, rola dinheiro pelo meio também. Tem apoio financeiro e tem apoio logístico também. Então eles se apoiam muito. Agora nem sempre eles ganham, por exemplo agora em El Salvador eles perderam: vai haver um segundo turno ainda, mas eles perderam [o 1º]. [Na verdade, eles acabaram ganhando o segundo…] Eles perderam no Paraguai, mas ganharam no Chile: a Michele Bachelet voltou. Então é sempre assim. E nessa história eles conseguiram colocar nos governos, no comando das nações 15 presidentes, já houve alternâncias, alguém já perdeu, já voltou… E foi por conta disso que o Lula não permitia de forma alguma que no Brasil se falasse sobre o Foro de São Paulo até que a coisa estivesse mais estabilizada, mais solidificada, que houvesse bastantes países com presidente do Foro para poder a coisa ficar firme. Ele mesmo disse que se a gente estivesse… Tem um pronunciamento que ele fez [ver item V], acho que foi no aniversário de 15 anos do Foro de São Paulo [sim, foi], ele fez um comentário que disse assim: se nós tivéssemos (mais ou menos isso, né, não são essas palavras mesmo, né), se nós não tivéssemos escondido das pessoas o que estávamos fazendo, o Foro de São Paulo hoje não teria um índio presidente, um metalúrgico presidente, não teria não sei o quê, enfim, ele confirma que foi preciso esconder da mídia, esconder do povo o que eles tramavam ali para poder a coisa dar certo.
BRUNO: Exato. E só para registrar aqui, para fazer justiça, o professor Olavo de Carvalho foi quem durante anos falou sozinho no deserto sobre o Foro de São Paulo.
GRAÇA: Exatamente. E eu comecei a estudar sobre o Foro de São Paulo através do Olavo. Foi o primeiro contato que eu tive com o professor Olavo, em 1999, numa conversa por telefone, ele me falou do Foro de São Paulo. E aquilo me impressionou muito e me dediquei de corpo e alma a estudar o Foro de São Paulo desde então, né. É dedicação exclusiva. E isso daí eu agradeço ao Olavo realmente, porque até então ninguém falava. Claro, ele não foi o precursor o doutor Graça Wagner quem falou para ele, mas ele era a voz da mídia, na época ele escrevia para jornais: O Globo, a Folha, o Jornal da Tarde, a Zero Hora, então ele era uma voz que estava na mídia e, por conta disso, ele perdeu todos esses empregos, porque ele falava o que não podia falar.
XVI.
VÍDEO 9 – VICE-ALMIRANTE VENEZUELANO MARIO IVÁN CARRATÚ DENUNCIA O FORO DE SÃO PAULO NA NTN24
De fora da Venezuela de Maduro em função das ameaças de morte, Carratú dá o alerta à América Latina sobre o poder do Foro, a partir dos 2min56seg.
Primeiro, minhas saudações fraternas desde o exterior. Temos de seguir lutando. E aos países irmãos e cidadãos do continente: que tenham MUITA atenção com a penetração de grupos radicais de esquerda sob a ótica do Foro de São Paulo, que está tentando tomar o poder na maioria dos nossos países, faltando apenas Colômbia, Peru e República do Chile. Os demais têm, de uma ou outra maneira, este tipo de contato, este tipo de ações… O que devo, sim, ressaltar e devo reafirmar é que a Venezuela, desde 1992, está entregue às mãos de Fidel Castro…
XVII.
VÍDEO 10 – MENSAGEM DE LULA EM APOIO A MADURO
Sim: Lula, como não poderia deixar de ser, também fez campanha para Maduro, o atual comandante da ditadura assassina da Venezuela, que no momento da publicação deste post já contava 36 mortos durante a onda de protestos no país. Como escrevi aqui: Ditadura no (…) dos outros é democracia.
XVIII.
VÍDEO 11 – REINALDO AZEVEDO RELACIONA MENSALÃO E FORO DE SÃO PAULO
REINALDO AZEVEDO: O que eles queriam era criar um Congresso paralelo. Então você tem, segundo a divisão do coleguinha Montesquieu, você tem a divisão dos três poderes. O que eles queriam era anular um poder. Era o Executivo se organizando, entendo eu, numa quadrilha, para comprar uma fatia do Congresso e ter um Congresso do B, um outro Congresso, de maneira que você torna a democracia, o processo democrático, irrelevante. Isto faz parte de um projeto, atenção, é grande, das esquerdas latino-americanas, que estão organizadas no Foro de São Paulo. Isto não é paranoia. Durante muito tempo, quem falava do Foro de São Paulo eram Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e mais dois ou três malucos. Não. Ele existe! O Foro de São Paulo existe! Em cada país, ele tem um projeto. Nos países onde eles chegaram ao poder e as instituições estavam no chão, eles partiram diretamente pro solapamento da democracia. Então é o caso em curso na Venezuela…
RICARDO SETTI: E criaram instituições fajutas…
REINALDO AZEVEDO [concordando]: Instituições fajutas.
AUGUSTO NUNES: E você também vai aparelhando o Judiciário.
REINALDO AZEVEDO: E vai aparelhando o Judiciário. Lá também. Então é assim que foi na Venezuela, assim está em curso no Equador, está em curso na Bolívia, e agora na Argentina, porque todos esses presidentes chegaram ao poder com as instituições ao rés do chão. No Brasil, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao poder com um país, a despeito de suas mazelas, de seus problemas, com um país razoavelmente organizado institucionalmente. E, portanto, você não pode ir solapando assim o processo democrático… O próprio Supremo está dizendo agora pra essa gente: “Atenção que ainda não dá pra fazer o que vocês querem.” Então aí você parte pra outro [caminho]… Atenção: o mensalão é o bolivarianismo exercido por outros meios. Se o bolivarianismo, nesses países da América Latina, você exerce com milícias armadas nas ruas, com massas, com confronto, com perseguição, com fechamento de jornais, cassação de licença de TV, sabe? No Brasil, não dá pra fazer isso. No Brasil, eles foram por outro meio. No Brasil, eles foram comprar o Congresso. Comprar o Congresso com dinheiro público. Calcule a ousadia. Quer dizer… Acusam muitas vezes os críticos do PT, eu mesmo já fui acusado disso umas quinhentas vezes: “Você acha que o PT inventou a corrupção!” Não, eu não acho que o PT inventou a corrupção. A corrupção é antiquíssima. A corrupção surge junto com o processo político. Eu não estou dizendo que o PT inventou a corrupção. O que eu sempre disse, sustento, é que o PT tentou alçar a corrupção a categoria de pensamento. Tentou transformar a corrupção em categoria de pensamento. ISTO é novo no processo político brasileiro. Novo: surgido com eles. Isso é muito grave. Foi isso que eles tentaram fazer. Corrupção aqui, acolá, sempre houve, e tem de ser exemplarmente punida. Agora, [aquilo para] o que o Brasil está dizendo “não”, [aquilo para] o que o STF está dizendo “não”…
RICARDO SETTI: É ao projeto de poder.
REINALDO AZEVEDO: O projeto de poder conquistado desta maneira não pode. A Carmen Lúcia fez um bom pronunciamento hoje lembrando que a política é a única forma civilizada que a gente tem de governar. Agora tem de ser com ética, porque, se não for com ética, aí então é com guerra, é com bagunça, é com confronto.
AUGUSTO NUNES: Perfeito.