domingo, 31 de agosto de 2014

ATÉ QUANDO o mundo assistirá de forma passível o surgimento de um novo holocausto?








Até quando as vozes que deveriam surgir em incondicional defesa ao direito à vida e a liberdade se calarão diante de descomunal barbárie?

Quando discursei sobre a queda da base aérea de Tabqa no norte da Síria na última semana, eu ressaltei que os mais de 260 assadistas alí capturados pelas forças do Estado Islâmico estavam com seu destino selado.
(https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204470631950631&set=a.1571710497479.2073701.1377012565&type=1&relevant_count=1)

Em mais um recente e aterrador vídeo divulgado pelos jihadistas, vemos estes mesmos prisioneiros sendo obrigados a marchar uma grande distância pelas areias do deserto de Raqqa, até chegarem a uma localidade remota, onde são, por fim, dispostos em fileira no chão e executados como animais em um matadouro.

Uma prática, hoje freqüentemente perpetrada pelos insurgentes sunitas, como não se via desde o massacre dos judeus em campos de extermínio nazistas, o genocídio armênio, ou ainda as atrocidades de guerra japonesas durante o período Showa.

O mundo contempla passivamente a ascensão infrene de uma cultura insalubre e perniciosa.
Uma cultura que glorifica a hecatombe e tem como fim último a imposição de sua ideologia por meio da força;
Um brado de conversão ou morte!

Cada avanço, cada nova vitória do ISIS ou HAMAS, significa milhões de novos adeptos inteirando sua causa e redefinindo as fronteiras de seu poder.
Enquanto prostramo-nos, milhares de novos Mujahidin são forjados sob batismo de aço e fogo em campos de treinamento espalhados por todos os continentes.
Enquanto assistimos, jovens muçulmanos de todos os lugares são diariamente submetidos à uma incisiva reforma de pensamento islâmica por parte de seus líderes e convencidos a entregarem a sua própria vida ao martírio. Um esforço glorioso, que segundo o Alcorão, será recompensado com o paraíso e todas as bênçãos reservadas aos que defendem com intrepidez e honra os "nobres" ideais do islã.

Muitos indivíduos desprovidos de conhecimento de causa e, ironicamente, sob uma alcunha libertária, parecem não compreender que o radicalismo sunita que apóia as organizações palestinas é o mesmo que insufla o levante na Síria, Iraque, Nigéria, entre outros. O objetivo destas organizações: um renascimento do Califado Islâmico! Em outras palavras, um RETROCESSO em termos político-sociais.
Em uma sociedade islâmica impera a Sharia, nome que se dá ao direito islâmico. Ao contrário de sociedades ocidentais, neste modelo inexiste uma disjunção entre a religião e o direito - todas as leis são religiosas e baseadas nas escrituras sagradas ou nas opiniões de líderes religiosos.

Nas palavras do jornalista político Edwards Davis: "Todos os muçulmanos religiosos acreditam que, no final, o Islã prevalecerá sobre a terra. Acreditam que a sua é a única religião verdadeira e não há qualquer espaço, em suas mentes, para interpretações. A principal diferença entre muçulmanos moderados e extremistas é que os moderados não acreditam que irão testemunhar a vitória absoluta do Islã durante o tempo de suas vidas e, assim, eles respeitam as crenças dos outros. Os extremistas acreditam que a realização da profecia do Islã e seu domínio sobre todo o mundo, como descrito no Corão, é para os nossos dias. Cada vitória do HAMAS ou do ISIS convence 20 milhões de muçulmanos moderados a se tornarem extremistas."

e completa:
"Que ninguém se engane, o ISLÃ não luta por liberdade ou para construir uma sociedade. Os membros do Hamas, do EI (ISIS) como os demais islâmicos, lutam para um mundo onde o islã seja a religião dominante, onde as demais religiões serão subjugadas e terão que pagar tributo para viver, onde a lei da Sha’aria é a lei do estado, permitindo amputações, apedrejamento, enterramento de pessoas vivas e crucificações não só de criminosos de vários tipos, mas também de mulheres de quem se DESCONFIE de infidelidade, de uma moça que traiu/pode ter traído/poderia ter a intenção de trair a honra da família, de homossexuais e também de quem queira seguir outra religião ou religião nenhuma. Recentemente o parlamento do Hamas aprovou todas estas punições na Faixa de Gaza.
Que não se deixem enganar os brasileiros: parem de culpar Israel pela situação de Gaza, Lembrem-se que no islã a liderança política é a religiosa também, não existe lei civil, existe apenas a Shaaria; e que o islã é uma religião proselitista que busca ampliar seu espaço para criar o Dar al-Islam, o Mundo do Islã, através da DESTRUIÇÃO do Dar al-Harb, o Mundo da Guerra, que é o mundo onde vivem os brasileiros. Ai, então… adeus...à alegria desinibida do povo brasileiro."

Hoje, nossos sonhos são reféns da nossa inércia.
Enquanto continuarmos delegando o nosso dever de agir ao futuro, tão breve, não restará mais um futuro pelo qual lutar.

-Luiz Castro

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