quarta-feira, 11 de junho de 2014

Estarrecedor:


Esquema político brasileiro transfere 170 milhões de euros de bancos europeus para as Ilhas Seychelles
Pelo menos 170 milhões de Euros pertencentes à família de um próspero político brasileiro foram movimentados, na quinta-feira passada, de bancos na Europa para contas no duplo paraíso fiscal e estético das Ilhas Seychelles. Apelidada de “Filho de Peixe”, a operação confidenciada pela “turma do dólar cabo” tem tudo para ser alvo de investigação das Inteligências da Receita Federal e da Polícia Federal – que monitoram os geniais passos do fenomenal jovem empresário, cuja base familiar de depósito bancário é o Panamá, triangulando dinheiro entre a França, a Itália e o Brasil.
Grandes movimentações em moeda estrangeira costumam acontecer nas vésperas de campanhas eleitorais, quando se tenta importar dinheiro para o Brasil, sob a desculpa, como agora, de que os juros altos funcionam como atrativos para o chamado “capital motel”. No entanto, a enorme transferência de euros, feita em favor do esquema brasileiro, na semana passada, é interpretada como uma manobra defensiva. O grupo político que faz a movimentação atípica de moeda tem indicações de que pode ser alvo, em breve, de ações da Polícia Federal, sofrendo denúncias posteriores do Ministério Público e da Justiça Federal.
A família do fenômeno empresarial e seus parceiros de negócios vêm chamando a atenção não só de investigadores tributários e policiais, mas também dos grupos que atuam no mercado paralelo de dólar – alvo recente de uma megacondenação de 47 doleiros pela 13ª Vara Federal no Paraná. Nas últimas semanas, o grupo tem feito bruscas operações de mudança do controle de ações de empresas do setor de alimentação. O mesmo está previsto para acontecer na alta participação do grupo em uma empresa de telecomunicações.
O mercado tem evidências de que “laranjas” são escalados para substituir os reais detentores das ações. O objetivo da manobra é preservar a fortuna e não comprometer o santo nome da família do empresário, caso estoure alguma bronca policial ou judicial. Especialistas na área de dólar cabo avaliam que a ação defensiva dessa máfia é contra os efeitos colaterais da Operação Lava Jato – cujas investigações teriam desvendado onde se encontra o elo mais frágil da corrente que movimenta o sistema que lavou mais de R$ 10 bilhões em dinheiro público ilegalmente desviado.
O maior perigo para o grupo mafioso tupiniquim é que seu sistema caiu na malha de monitoramento da Drug Enforcement Administration – a agência anti-drogas dos EUA. No cruzamento de informações, ficou clara que uma das práticas comuns da super lavanderia de dinheiro é o financiamento ao tráfico de drogas – dando um destino supostamente de investimentos em moeda estrangeira ou ações da grana disponibilizada pelas máfias colombianas e mexicanas. No meio do negócio, a verba dos traficantes se mistura com o dinheiro público roubado no Brasil. O que ficou como uma evidência no escândalo do Mensalão se materializou na Operação Lava Jato – que ainda tem muitos fatos graves a investigar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário