O hino a capella, ontem no Itaquerão, foi a resposta que a nação queria dar à Fifa. E a muitos políticos. Sim, somos uma nação de alma forte; somos o Brasil que ainda não deu o seu verdadeiro “Grito do Ipiranga”.
Um jornalista alemão disse que “fiquei arrepiado ao ouvir jogadores e torcedores cantando o seu hino”. Sim, e quem não ficou?
Em nossa época, o hino era uma obrigação de se cantar em escola, solenidade e poucas pessoas sabiam a letra. Hoje, a mão bate espontaneamente no peito, lágrimas pontuam a emoção e o hino tem muito mais mensagens: esperança, protesto, perseverança, tristeza, alegria, festa. Sim, sim, somos índios, carnaval, caipirinha, mulatas, galegas...... Somos uma multicultura com um só coração.
O hino da pátria amada é a nossa arma. Sim, imaginemo-nos passar por gestores públicos e políticos e cantar bravamente o hino, num repúdio ao corporativismo político, à corrupção, aos desmandos que mancham esta nação de sonho intenso. O hino, quem sabe, haverá de traumatizar políticos corporativistas e desonestos e passar a ser a nossa arma.
Os manifestantes que estiveram nas ruas falaram por nós. Brasília implorou por trégua aos manifestantes para não comprometer a copa. O governo e políticos queriam esconder a Gata Borralheira.
O povo mostrou, com a emoção do hino, que a alegria da copa não pode esconder os problemas sociais e políticos.
Amanhã, com ou sem a taça, será outro dia. E, como diz Chico Buarque,” quando chegar o momento do meu sofrimento vou cobrar com juros, juro”!
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