Justiça Federal decretou prisão a partir da descoberta de 23 milhões de dólares de Paulo Roberto Costa depositados em contas de bancos na Suíça
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras (Daniel Castellano/AGP/Folhapress)
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, apontado como um dos pivôs do esquema de lavagem de 10 bilhões de reais descoberto pela operação Lava-Jato, foi preso por volta das 16h desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo procurador de Justiça Carlos Fernando Santos Lima.
O mandado de prisão contra costa foi expedido pela Justiça a partir da descoberta de 23 milhões de dólares – ou cerca de 51 milhões de reais – em constas em bancos suíços. Autoridades brasileiras receberam, do Ministério Público da Suíça, a informação de que houve bloqueio das contas. Autoridades suíças também descobriram no país cerca de 5 milhões de dólares depositados em contas em nome de parentes do ex-diretor.
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Há cerca de um mês, o ministro Teori Zavascki, do STF, havia determinado, em decisão liminar, a liberdade do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e suspendido todos os inquéritos relacionados à operação policial e às ações penais abertas na Justiça Federal do Paraná contra os investigados, entre eles o doleiro Alberto Youssef, pivô do megaesquema de lavagem de dinheiro. No mesmo dia, porém, Zavascki recuou de sua decisão e manteve as prisões de Alberto Youssef e de outros investigados na operação policial, autorizando a liberdade apenas de Paulo Roberto Costa. Nesta terça-feira, Zavascki apresentou uma questão de ordem ao STF para decidir sobre o prosseguimento ou não das investigações e sobre quais investigados deveriam ter os casos julgados no tribunal.
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