Ao revelar documento da área jurídica da Petrobras, deputado prova que cúpula da estatal teve acesso a informações sobre as cláusulas Marlim e Put Option
O deputado Onyx Lorenzoni (Democratas-RS) expôs, nesta quarta-feira (11/6), mais uma mentira do governo na operação da compra da refinaria de Pasadena. Durante depoimento da presidente da Petrobras, Graça Foster, à CPMI da Petrobras, o parlamentar revelou um documento da assessoria jurídica internacional da estatal que no inciso 7 se refere às cláusulas Marlim e Put Option. São as mesmas cláusulas, que segundo a presidente da República, Dilma Rousseff foram omitidas do conselho de administração da empresa na tomada de decisão da compra de Pasadena. Conforme Dilma, se Marlim se o conselho soubesse de Marlim e Put Option o negócio não seria fechado.
Até então, a versão dita por Dilma Roussef e referendada por Graça Foster era de que a diretoria e o conselho da Petrobras desconheciam as referidas cláusulas. Hoje, quando questionada sobre o documento assinado pelo gerente do Jurídico Internacional Carlos Cesar Borromeu de Andrade, Graça Foster afirmou que a comissão interna da estatal aeu investiga a operação Pasadena identificou falhas na anexação dessa informação ao parecer entregue ao conselho de administração.
“Toda argumentação do governo até o dia de hoje inclusive nos depoimentos dados pelas autoridades do governo aqui no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, era de que essa informação (cláusulas) nunca havia chegado para o conselho de administração. Hoje, pela primeira vez, a presidente das Petrobras muda sua versão de maneira clara a demonstrar que a presidente Dilma é pega na mentira seja através da comunicação feita pela Secretaria de Comunicação da presidência da República, seja a mentira vocalizada pela presidente da Petrobras”, pontuou Lorenzoni.
Para o deputado, o aparelhamento da estatal promovido no governo do PT, além da má gestão, trouxe uma organização criminosa para dentro da empresa que tem causando enormes prejuízos aos acionistas e ao País.
Onyx ainda questionou a decisão da Petrobras de insistir em promover os investimentos (Revamp) para processar 200 mil barris/dia de petróleo pesado, quando a própria Graça Foster afirmou que 100 mil barris seriam satisfatórios. A Astra Oil, antiga sócia da Petrobras em Pasadena, se comprometeu com os 100 mil barris/dia, como prova documento datado de 2005. O ponto de divergência foi o que causou a saída da Astra da sociedade com acionamento da cláusula Put Option.
“Por que a Petrobras manteve essa decisão dos 200 mil barris? Exatamente para criar toda essa situação que acaba se refletindo no conflito e no prejuízo de US$ 1,2 bilhão pagos pelos brasileiros”, argumentou.
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