quarta-feira, 18 de junho de 2014
Mais um escandalo....
Mais um dado absurdo sobre a 'caixa-preta' que envolve a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, pela Petrobras.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a construção da refinaria pela Petrobras vai custar até três vezes mais do que qualquer projeto com capacidade similar no resto do mundo.
A agência nota que o custo de cerca de US$ 20 bilhões, pela última estimativa para esse projeto, é equivalente a "duas ou três vezes mais que o custo de capacidade de refino semelhante que está sendo construído em qualquer outro lugar no resto do mundo".
Apesar de o Brasil planejar duas novas refinarias, a Abreu e Lima e a da Comperj no Rio de Janeiro, ambas com atraso, cortes no orçamento da Petrobras vão afetar a expansão da capacidade de refino na América Latina.
A AIE nota que a companhia brasileira, no rastro de perdas nas atividades de 'downstream' (transporte e distribuição de produtos da indústria de petróleo) e restrições de caixa, anunciou redução de US$ 26 bilhões nos investimentos de donwstream para 2014-18.
Assim, apesar do rápido crescimento do déficit e aumento na demanda de produtos de petróleo, a capacidade de refino na América Latina nos próximos cinco anos deve ter uma expansão mínima. No geral, avalia a AIE, a América Latina continuará a ser um grande importador de produtos de petróleo no médio prazo, sobretudo procedentes dos EUA, mas a dependência de importação continuará inalterada.
A agência destaca que a indústria de refino entra na idade da globalização e continuará em forte expansão e reestruturação até 2020. Apesar de cancelamento de projetos na América Latina e na China, a capacidade global de refino deve crescer significativamente.
A distribuição geográfica da nova capacidade é altamente desigual e quase inteiramente fora dos países desenvolvidos. Até o fim da década, o mapa do refino global, assim como dos fluxos comerciais de petróleo, ficará quase irreconhecível, com enormes hubs na Ásia, Oriente Médio e nos Estados Unidos.
Na Ásia e no Oriente Médio, o aumento da produção regional estimula a expansão das refinarias, e alguns países deverão aumentar suas exportações.
As informações são do jornal Valor Econômico.
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