O escândalo de corrupção entre auditores da Prefeitura da Cidade de São Pauloganhou novos contornos nesta quarta-feira (06). Desde que tornou-se público na semana passada, o desvio de mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos paulistanos estava sendo usado pelo prefeito Fernando Haddad e pelo PT como um novo ensaio de 'faxina', pecha que um dia tentaram colar, sem sucesso, na 'presidenta' Dilma Rousseff.
Eis que "a imprensa que avacalha" — como vem dizendo 'Sua Majestade' Luiz Inácio Lula da Silva — descobriu que a senhora Adli Tatto, desde 2010, é sócia do auditor Moacir Fernando Reis, investigado e preso na semana passada sob acusação de fazer parte da quadrilha que extorquia empresários da construção civil em São Paulo. Misteriosamente, a sede desta empresa — o 'estacionamento' Samepark — é a própria casa de Adli, na Vila Mariana.
Nada demais — em termos de 'Brazil' esculhambado — não fosse o fato de Adli ser esposa do deputado federal e atual secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT/SP, foto), ex-líder do governo na Câmara dos Deputados.
A matéria-denúncia, assinada pelo jornalista Felipe Frazão, foi publicada no final da noite de ontem (05) na revista VEJA. As informações foram confirmadas pela Junta Comercial do Estado de São Paulo. Confira íntegra do furo de reportagem:http://goo.gl/O2NQQs; e o desdobramento da denúncia: http://goo.gl/wB87pC
Questionado hoje (06), Jilmar Tatto disse que "nem lembrava da existência dessa empresa". Uma declaração bastante interessante, já que o auditor Moacir Fernando Reis, além de sócio de Adli, é namorado de sua irmã e, portanto, concunhado do secretário municipal petista.
Outrossim, vale destacar o 'caminho' apontado pela reportagem: "Segundo dados da Junta Comercial, além de Adli e Reis, são sócios no negócio Jamile Osman e Salah Ali Osman, cunhados do secretário municipal. Salah Osman também é doador de campanha do parlamentar e do irmão dele, o vereador Arselino Tatto (PT)".
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